Por WowBPO
Publicado em 28/07/2025

Classificação de custos: o que é e saiba como fazer

Classificação de custos - organização e categorização de gastos empresariais

O que é classificação de custos e por que ela é essencial?

Saber exatamente quanto sua empresa gasta para operar é essencial para manter as finanças em ordem e melhorar a rentabilidade. Mas não basta apenas registrar as despesas, é preciso entender a origem e o comportamento dos custos. É aí que entra a classificação de custos, uma ferramenta indispensável na contabilidade.

Classificar corretamente os custos permite uma visão mais clara sobre onde está o dinheiro da empresa, ajuda a formar preços de venda mais justos e estratégicos, e sustenta decisões mais inteligentes sobre cortes, investimentos e melhorias operacionais.

Neste artigo, vamos explorar os principais tipos de custos, como classificá-los corretamente, os impactos no DRE e nos preços de venda, além de ferramentas práticas que podem facilitar esse trabalho.

Tipos de custos nas empresas

Os custos são todos os gastos relacionados diretamente à atividade-fim da empresa. Eles podem ser classificados de várias formas, e essa segmentação é fundamental para entender a estrutura de despesas do negócio.

Custos fixos e variáveis

  • Custos fixos: são aqueles que não variam com a produção ou vendas, como aluguel, salários da equipe administrativa ou contratos de manutenção. Eles existem independentemente do volume produzido.

  • Custos variáveis: estão diretamente relacionados à produção ou prestação de serviços. Exemplo: matéria-prima, comissões sobre vendas, embalagens. Ou seja, quanto mais se produz ou vende, maior é esse custo.

Essa distinção é crucial para entender a margem de contribuição, calcular o ponto de equilíbrio e projetar a lucratividade da empresa.

Custos diretos e indiretos

  • Custos diretos: são facilmente atribuíveis a um produto, serviço ou centro de custo. Por exemplo, a madeira usada em um móvel fabricado por uma marcenaria.

  • Custos indiretos: são aqueles que não podem ser relacionados diretamente a um produto ou serviço específico, como energia elétrica ou depreciação de máquinas.

Identificar corretamente esses custos é essencial para definir custos por unidade, formar preços e apurar resultados por linha de produto ou serviço.

Como fazer a correta classificação dos custos?

Para classificar os custos corretamente, o ideal é seguir alguns passos:

  1. Levante todos os gastos da empresa e separe o que for relacionado à produção ou operação. É importante analisar com calma para que não deixe passar despercebido nenhum custo fixo ou variável.

  2. Identifique se cada custo é fixo ou variável, observando sua relação com o volume produzido. Vale lembrar que alguns custos podem ser fixos e variáveis simultaneamente. É o caso da energia elétrica, dependendo do contexto ela será considerada fixa ou variável.

  3. Classifique o custo como direto ou indireto, considerando se ele pode ser diretamente associado a um produto, projeto ou serviço.

  4. Use centros de custo (departamentos, produtos, serviços) para organizar e detalhar ainda mais a análise.

  5. Conte com o apoio de um contador ou profissional de contabilidade gerencial, principalmente nos casos mais complexos.

Exemplos práticos de classificação

Aqui vão alguns exemplos para ilustrar:

Matéria-prima

  • Tipo: custo variável
  • Classificação: direto

Energia elétrica da produção

  • Tipo: custo fixo ou variável
  • Classificação: indireto
  • Depende do volume de produção.

Salário do gerente administrativo

  • Tipo: custo fixo
  • Classificação: indireto

Comissões de vendas

  • Tipo: custo variável
  • Classificação: direto

Desgaste de equipamentos (depreciação)

  • Tipo: custo fixo
  • Classificação: indireto

A energia elétrica pode ser considerada variável se o consumo mudar significativamente com a produção.

Ferramentas e planilhas de apoio

Para facilitar o processo de classificação de custos, você pode utilizar:

  • Planilhas em Excel ou Google Sheets, com categorias predefinidas;
  • Softwares de gestão financeira e ERP, como a Omie ou Totvs;
  • Soluções de BPO financeiro, como a WowBPO, que já entregam relatórios com classificação de custos estruturada.

Essas ferramentas permitem acompanhar os custos em tempo real, identificar desvios e tomar decisões mais rápidas e assertivas.

Importância da classificação no DRE

O Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) é um dos relatórios mais importantes da contabilidade. Uma boa classificação de custos permite apresentar esse documento de forma clara, mostrando com precisão:

  • Custos dos produtos vendidos (CPV);
  • Despesas operacionais e administrativas;
  • Margem bruta e líquida.

Com isso, fica mais fácil entender se a empresa está sendo lucrativa, se os preços estão bem definidos e se há espaço para redução de gastos.

Impacto dos custos no preço de venda

Uma das aplicações mais diretas da classificação de custos está na formação do preço de venda. Ao entender quais são os custos diretos e variáveis por produto ou serviço, a empresa pode:

  • Garantir uma margem de lucro sustentável;
  • Reduzir o risco de prejuízo por precificação inadequada;
  • Avaliar a viabilidade de promoções ou descontos.

Sem essa visão, é muito comum que empresas vendam bem, mas lucrem mal. Isto é, a gestão de custos, nesse caso, precisa ser melhorada.

Um pequeno mercado que não precifica os seus produtos corretamente, por exemplo, vai sofrer com pequenas margens de lucro e até mesmo falir em último caso. Nesse sentido, a classificação de custos é fundamental para a saúde financeira de qualquer empreendimento.

Erros comuns ao classificar custos

Classificar corretamente os custos é essencial para uma boa análise financeira. Alguns erros podem prejudicar as decisões da empresa. Veja os principais:

Confundir custo com despesa

Muitas vezes, as pessoas confundem custos com despesas.

  • Custos são gastos diretamente relacionados à produção, como matéria-prima e salários da produção.
  • Despesas são gastos gerais, como aluguel de escritório e salários administrativos.

Erro comum: considerar o aluguel de um escritório como custo, quando é uma despesa administrativa. Isso pode afetar a precificação e a rentabilidade.

Ignorar custos indiretos ao calcular o preço de venda

Ao calcular o preço de venda, é importante considerar todos os custos, não só os custos diretos (como matérias-primas).

  • Custos diretos são os diretamente ligados à produção.
  • Custos indiretos são aqueles necessários para a operação, mas que não estão diretamente ligados à produção (como aluguel e marketing).

Erro comum: ignorar os custos indiretos pode fazer o preço de venda ser muito baixo, resultando em prejuízo.

Deixar de periodicamente a classificação de custos

À medida que o negócio muda, os custos podem mudar também. É importante revisar a classificação de custos regularmente. Por exemplo, um custo fixo pode se tornar variável conforme a produção muda.

Erro comum: não revisar a classificação dos custos pode resultar em decisões erradas sobre preço e corte de custos.

Classificar tudo como fixo

Algumas empresas cometem o erro de classificar todos os custos como fixos para simplificar.

  • Custos fixos não variam com a produção (como aluguel).
  • Custos variáveis mudam conforme o volume de produção (como energia elétrica e matéria-prima).

Erro comum: classificar a energia elétrica como custo fixo, quando na verdade ela é variável, pode levar a decisões erradas sobre o orçamento.

Evitar esses erros é um passo importante para manter a saúde financeira do negócio.

A classificação de custos é mais do que uma obrigação contábil: é uma estratégia poderosa para quem quer crescer com segurança.

Se sua empresa ainda não faz isso com clareza, este pode ser o momento ideal para rever seus processos e colocar ordem na casa.

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